Sobre a montagem:
Eugene Ionesco define o Teatro do Absurdo dizendo que "o absurdo é aquilo que não tem objetivo, divorciado de suas raízes religiosas, metafísicas e transcendentais. Todas as ações se tornam sem sentido, às vezes inúteis". O Teatro FUNIL acredita que seria um equívoco julgar esse tipo de experiência como desnecessária. Porque se o mundo de hoje pede por imediatismos e informações objetivas, esse tipo de teatro ressalta o exercício da imaginação, para nutrir espaços existenciais clandestinos, especialmente possíveis através da manifestação da fantasia. Talvez seja esse o principal vínculo do grupo com a montagem de A Lição. A peça nos coloca de frente com o vazio que pode ser o mundo. Um mundo metafórico e onírico, mas talvez, o nosso mundo! E nesse mundo, em princípio sem sentido, o homem fica falando sozinho. E fala sem parar por não ter mais o que dizer. Fala, fala e nada diz, aparentemente. Não consegue mais se comunicar porque não consegue mais pensar. Não consegue pensar porque nada mais o comove, porque não pode mais tocar o mundo e enxergar o outro. No entanto, sob essa atmosfera fria e desoladora, brota o humor que penetra com ferocidade a experiência... e talvez brote poesia além do riso nervoso - e a poesia por si só, dispensa justificativas. O refinamento da linguagem proposta por Ionesco transcende os limites racionais de entendimento, propõe um contato intenso com o universo imaginário humano e coloca em movimento um enorme campo de força e ilusão. Assim, acessa alguns recessos de economia de sonho, que podem proporcionar uma experiência reveladora, absolutamente potente e necessária nos dias de hoje.
Ficha Técnica:
Direção: Fernando Martins
Com Elisa Carneiro, Luiz Felipe Ferreira
Participação especial de Bidô Galvão
Cenário, Figurinos e Iluminação: Marley Oliveira e Zizi Antunes
Seleção Musical: Fernando Martins
Arte Gráfica: Daniel Galvão e Derik Sorato
Fotografia: Raquel Pellicano
Duração: 60 minutos
Eugene Ionesco define o Teatro do Absurdo dizendo que "o absurdo é aquilo que não tem objetivo, divorciado de suas raízes religiosas, metafísicas e transcendentais. Todas as ações se tornam sem sentido, às vezes inúteis". O Teatro FUNIL acredita que seria um equívoco julgar esse tipo de experiência como desnecessária. Porque se o mundo de hoje pede por imediatismos e informações objetivas, esse tipo de teatro ressalta o exercício da imaginação, para nutrir espaços existenciais clandestinos, especialmente possíveis através da manifestação da fantasia. Talvez seja esse o principal vínculo do grupo com a montagem de A Lição. A peça nos coloca de frente com o vazio que pode ser o mundo. Um mundo metafórico e onírico, mas talvez, o nosso mundo! E nesse mundo, em princípio sem sentido, o homem fica falando sozinho. E fala sem parar por não ter mais o que dizer. Fala, fala e nada diz, aparentemente. Não consegue mais se comunicar porque não consegue mais pensar. Não consegue pensar porque nada mais o comove, porque não pode mais tocar o mundo e enxergar o outro. No entanto, sob essa atmosfera fria e desoladora, brota o humor que penetra com ferocidade a experiência... e talvez brote poesia além do riso nervoso - e a poesia por si só, dispensa justificativas. O refinamento da linguagem proposta por Ionesco transcende os limites racionais de entendimento, propõe um contato intenso com o universo imaginário humano e coloca em movimento um enorme campo de força e ilusão. Assim, acessa alguns recessos de economia de sonho, que podem proporcionar uma experiência reveladora, absolutamente potente e necessária nos dias de hoje.
Ficha Técnica:
Direção: Fernando Martins
Com Elisa Carneiro, Luiz Felipe Ferreira
Participação especial de Bidô Galvão
Cenário, Figurinos e Iluminação: Marley Oliveira e Zizi Antunes
Seleção Musical: Fernando Martins
Arte Gráfica: Daniel Galvão e Derik Sorato
Fotografia: Raquel Pellicano
Duração: 60 minutos